segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

EU ESTOU LOST!

Nesta semana que passou, tranquei-me no meu quarto e assisti a ultima temporada de lost. Foram algumas noites não dormidas, alguns convites recusados e um pijama que teve que ir direto para o lixo. Mas valeu a pena. O final, para mim, foi surpreendente e emocionante, terminando de uma maneira diferente e criativa. Mas lost tem um problema: quando você assiste, você logo quer comentar. O problema é que eu não conheço ninguém que já tenha vista o ultimo episodio. Então resolvi expressar algumas idéias aqui e, caso alguém esteja maluco que nem eu, possamos usar este post como um painel de discussão.




Uma das coisas mais marcantes de lost é o tempo. Mais precisamente o modo como as coisas acontecem e os resultados que elas gerarão no futuro. Na serie temos o tempo como algo imutável – “O que aconteceu, aconteceu!”. Não temos como mudar o passado. Mas eu fiquei me perguntando: Será que as coisas que acontecem na nossa vida são apenas frutos apenas do acaso? Ou será que somos destinados a passar por certas situações e conhecer e viver com determinadas pessoas? A minha resposta para tudo isto é o mais simples possível: eu não sei!Quando terminou o episodio resolvi pensar em cada caso separado.





No primeiro caso temos o total controle de nossa historia. Cada coisa que fazemos gerará uma conseqüência que se propagara levando a um resultado qualquer. Temos milhares de caminhos a seguir e a vida é escrita a cada momento, a cada ato, a cada passo. Isto me assusta um pouco, pois levanta a seguinte pergunta: Será que estou fazendo a coisa certa? Uma forma de personificar este modo de pensar seria comparar o dia-dia com uma bifurcação na estrada. A toda hora temos que escolher para onde ir e, dependendo da escolha, chegaremos aos mais diferentes tipo de lugares.
Da segunda maneira é mais confortável. Não temos que nos preocupar com o futuro, pois o mesmo já está pré-definido. Não importa o que fazemos e que caminhos que tomamos, sempre chegaremos ao mesmo resultado que estava destinado a nós. Os caminhos serão múltiplos, mas o ponto final sempre será o mesmo.
Não sei se estou falando besteira mas, em Lost, os personagens tinham um destino, uma razão de estar ali, suas vidas estavam conectadas (mesmo que somente pelos caprichos do Jacob!). E isto ficou evidente quando eles se encontrarão na igreja. Querendo ou não, eles teriam que ir para ilha e teriam que viver juntos. Logo cada esforço feito durante a quinta temporada somente os empurraram para o destino de cada um.

Antes de ver o ultimo episodio se me perguntassem qual das maneiras de pensar a série segue, eu responderia que era a segunda. Até aquele momento eu estava achando que os flashes eram a vida dos personagens caso eles não tivessem caído na ilha. Então, o Lock encontra-se com o Bem, a Penny dá mole para o Desmond, o Hugo e a Liby e todo o resto. Não importava se o avião tivesse caído ou não. As coisas aconteceriam de maneiras diferentes, mas, no fim, o que era para acontecer, aconteceu. Ai veio o ultimo episodio e com ele um soco na cara. Tudo o que eu achava não era verdade. Vida após a morte! Eu nem tinha cogitado a idéia! Se repetissem a pergunta, a nova resposta seria eu não sei.
Ficou claro, no enredo, que o passado é algo imutável . Caso voltássemos no tempo para matar Hitler quando criança, falharíamos em todas as tentativas. Repetindo: “O que aconteceu, aconteceu!”. Mas o presente é mais como uma folha em branco que podemos usar para qualquer coisa. Não sei se seria diferente se eu tivesse agido de outra forma. O que eu sei é que a minha vida presente é o único momento em que posso agir. O ruim é que em Lost as respostas nunca são claras.
A série terminou. Muitas coisas não forma explicadas, outras esquecidas. Mas o final foi surpreendente e vale a pena ser visto. Será muito difícil surgir uma historia que desbanque Lost. Espero que surja alguém para dar seus comentários.
Caso não surja, “vejo vocês em uma outra vida,brother” !
























Related Posts with Thumbnails

0 comentários:

Postar um comentário